Quinta-feira, dia 7 de junho, dia Santo de guarda e feriado
Todos os anos a Comunidade do Sagrado Coração de Jesus, em Duas Estradas é agraciada com a celebração da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, em plena Festa do Padroeiro.
No dia de Corpus Christi, segue a Programação normal da Festa, iniciando com o ofício Divino às 6h da manhã, presidido por Mons. José André, às 15h, Adoração ao Santíssimo Sacramento e as 19h30 , Missa seguida da grande procissão, presidida pelo Pe. Salvador, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, da cidade de Pedro Régis.
A Procissão sairá da Igreja e percorrerá as ruas São Francisco de Assis (Rua do Sol), Presidente Médice, José Felipe, Comércio e Matriz.
Saiba mais sobre esta Solenidade
A Solenidade de "Corpus Christi" |
Por: Padre Wagner Augusto Portugal |
Nesta
quinta-feira, celebra-se a solenidade de “Corpus Christi”. De tradição
antiqüíssima, esta festa, comemorada de modo solene e pública, manifesta a
centralidade da Santa Eucaristia, sacramento do Corpo e Sangue de Cristo: o
mistério instituído na última Ceia e comemorado todos os anos na Quinta-Feira
Santa, após a solenidade da Santíssima Trindade.
Neste
dia, manifesta-se a todos, circundado pelo fervor de fé e de devoção da
comunidade de todos os batizados, o Mistério de Amor que nos foi legado por
Cristo, para memorial eterno de sua Paixão. A Eucaristia, realmente, é o maior
tesouro da Igreja, a preciosa herança que o Senhor Jesus lhe deixou. E, assim,
a Igreja conserva a Eucaristia com o máximo empenho e cuidado, celebrando-a
diariamente na Santa Missa, bem como adorando-a nas igrejas e nas capelas,
levando-a como viático aos doentes que partem para a vida eterna.
A
Eucaristia transcende a Igreja: Ela é o Senhor que se doa “pela vida do mundo”
(Jo 6,51). Ontem, hoje e sempre, em todos os tempos e lugares, Jesus quer
encontrar o homem e levar-lhe a vida de Deus. Por isso, a transformação do pão
e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo constituiu o princípio da divinização da
mesma criação. Nasce deste modo, o gesto sugestivo e oportuno de levar Jesus em
procissão pelas ruas e estradas de nossas cidades e comunidades. Levando a
Santíssima Eucaristia pelas vias públicas, queremos imergir o Pão que desceu do
céu na vida quotidiana da nossa vida; queremos que Jesus caminhe onde nós
caminhamos, que viva onde nós vivemos.
O
nosso mundo, as nossas existências devem tornar-se templo da Eucaristia. Somos
conclamados a viver em santidade. Na intimidade com Nosso Senhor Jesus Cristo,
presente em corpo, sangue, alma e divindade nas sagradas espécies de pão e
vinho, seremos testemunhas vivas de seu amor, de sua misericórdia, a partir do
momento em que vivermos por ele e com ele, sendo luz do mundo e sal da terra.
Com grande entusiasmo, este momento sagrado, em que Cristo Eucarístico passa
pelas ruas de nossa cidade a nos abençoar, somos soldados perfilados fazendo
sua guarda de honra, somos crentes convictos da fé que professamos, fazendo-o
publicamente, somos filhos amados por Deus que desejamos, mais e mais, viver
mais unidos a Ele, tanto na participação da Eucaristia, quanto na vida exemplar
de lídimos cristãos.
Neste
dia santo, a Eucaristia é tudo para ela, é a sua própria vida, a fonte do amor
que vence a morte. Da comunhão com Cristo Eucaristia brota a caridade que
transforma a nossa existência e ampara-nos no caminho rumo à Pátria Celeste.
Neste
préstito solene que se forma nesta solenidade tão cara à vida espiritual da
Igreja, Cristo ressuscitado percorre os caminhos da humanidade e continua a
oferecer a sua “carne” aos homens, como autêntico “pão da vida” (Jo 6,48,51).
Hoje “esta linguagem é dura” (Jo 6, 50) para a inteligência humana, que
permanecem como que esmagadas pelo mistério. Para explorar as fascinantes
profundidades desta presença de Cristo sob os “sinais” do pão e do vinho, é
necessária a fé, ou melhor, é necessária a fé vivificada pelo amor. Só aquele
que acredita e ama pode compreender alguma coisa deste inefável mistério,
graças ao qual Deus se faz próximo da nossa pequenez, procura a nossa
enfermidade, revela-se por aquilo que é infinito, o amor que salva
Precisamente
por isso, a Eucaristia é o centro palpitante da comunidade. Desde o início, na
primitiva comunidade de Jerusalém, os cristãos reuniam-se no Dia do Senhor
(Dies Domini) para renovar na Santa Missa o memorial da morte e ressurreição de
Cristo. O domingo é o dia do repouso e do louvor, mas sem Eucaristia perde-se o
seu verdadeiro significado.
Celebrando
Corpus Christi, queremos renovar nosso autêntico compromisso de batizados, um
compromisso pastoral prioritário da revalorização do domingo e, com ela, da
celebração eucarística: “um compromisso irrenunciável, abraçado não só para
obedecer a um preceito, mas como necessidade para uma vida cristã
verdadeiramente consciente e coerente” (João Paulo II, “Novo Millennio
Ineunte”, 36).
Adorando
a Eucaristia, não podemos deixar de pensar com reconhecimento na Virgem Maria.
Sugere-o o célebre hino eucarístico que cantamos muitas vezes: “Ave, verum
Corpus, natum de Maria Virgine” (“Ave, ó verdadeiro Corpo, nascido da Virgem
Maria). Peçamos hoje à Mãe do Senhor que todos os homens possam saborear a
doçura da comunhão com Jesus e tornar-se, graças ao pão de vida eterna,
participantes do seu mistério de salvação e de santidade.
Por
isso cantemos: “Glória a Jesus...”
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